As ilhas de Cabo Verde foram descobertas, desabitadas, por navegadores portugueses, em Maio de 1460. Contudo, a colonização apenas teve início em 1462. Dada a sua posição estratégica, nas rotas que ligavam a Europa, a África e o Brasil, as ilhas serviram de entreposto comercial. Durante os dois primeiros séculos de colonização, os escravos representaram a “mercadoria” mais importante das exportações cabo-verdianas. Com a abolição do comércio de escravos, Cabo Verde entrou em decadência e passou a viver com base numa economia de subsistência. Europeus livres e escravos da costa africana fundiram-se num só povo, dando origem ao Cabo-verdiano, com uma forma de estar e viver muito própria, tendo o crioulo emergido como idioma da comunidade, maioritariamente mestiça.
Cabo Verde tornou-se um país independente e soberano a 5 de julho de 1975.

A população residente em Cabo Verde está estimada em 491.683 habitantes (2010), segundo dados divulgados pelo INE –Instituto Nacional de Estatística. A estrutura etária da população é marcadamente jovem, com 54,5% dos efetivos entre os 0-24 anos e apenas 6,4% acima dos 65 anos, rondando a média de idades os 24 anos. Isto é, a população ativa, a médio prazo, será muito significativa e poderá contribuir para uma melhoria progressiva da atividade económica e o aumento do nível de vida.
O grau de educação tem melhorado a um ritmo apreciável: No ano letivo 2011/2012, 96% das crianças, com idades compreendidas entre 6 e 14 anos, frequentavam o ensino básico e 78%, com idades compreendidas entre 12 e 17 anos, frequentavam o ensino secundário. A taxa de alfabetização da população com idade superior a 15 anos de idade, era de cerca de 82,8%.

Cabo Verde é uma república democrática, parlamentarista, tendo a sua democracia sido considerada exemplar pelas instâncias internacionais, não só a nível da África, mas também à escala mundial. O país goza de paz, estabilidade social e política, sem qualquer conflito interno ou externo, com boas perspetivas de desenvolvimento económico. São realizadas, de cinco em cinco anos, eleições presidenciais e legislativas e, de quatro em quatro anos, eleições autárquicas. O Presidente do Partido com maioria na Assembleia Nacional (Parlamento) é empossado como Primeiro-Ministro.